Soluções clínicas para fechamento de diastemas anteriores

INTRODUÇÃOSoluções clínicas para fechamento de diastemas anteriores
O diastema entre incisivos centrais é uma queixa comum entre pacientes(1). Intervir nesta condição depende dos aspectos culturais do paciente já que em algumas situações ele é bem aceito por uma determinada sociedade e considerado anti-estético por outras. Durante a juventude o diastema faz parte de um conjunto de características do crescimento maxilar e posicionamento dos dentes. Soluções clínicas para fechamento de diastemas anterioresIdentificar o correto momento, o objetivo, a técnica de intervenção e suas consequências é fundamental para o bom andamento do caso com excelente resolução e proservação.
O diagnóstico pode passar por condições anantômicas como freio labial ou hiperplasia do tecido gengival que impede o toque interproximal, facilmente resolvido por meio de cirurgia. Mal posicionamento dental pode ser corrigido pela ortodontia. O importante é checar se existem formas alternativas de tratamento antes de planejar-se a intervenção restauradora que pode ser feita por meio de cerâmicas(2). O tratamento
prévio pela ortodontia tem mostrado resultados interessantes de longevidade na estabilidade deste processo restaurador com resinas compostas além do clareamento prévio(3).
Hoje em dia com os avanços da Odontologia Estética, utilizar moldagens, enceramentodiagnóstico e obtenção de mockups para um planejamento reverso permitem uma grande previsibilidade de resultados diminuindo a possibilidade de erros que possam trazer a insatisfação do paciente por um desequilíbrio estético(4).
O que ocorre com a Odontologia estética de alta performance é que o número de sessões prévias, enceramento e mock up geram um custo onde boa parte dos pacientes que procuram este tipo de serviço, pode ser um fator limitante na solução do problema.
O objetivo deste artigo é relatar um caso clínico onde o tratamento realizado em uma única sessão superou as expectativas do paciente com o uso da técnica de escultura livre baseado em alguns princípios ligados a instrumentais e características dos materiais que facilitaram a realização do caso.
CASO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 24 anos de idade procurou o serviço de clínica particular com o relato de insatisfação com a estética do sorriso. O paciente relatou uso de terapia ortodôntica por 3 anos com a remoção a termo do aparelho 6 meses antes da consulta. O mesmo relatou sobre a estabilidade do diastema pois os dentes não se moveram neste período. Com o intuito de promover a restauração o paciente fez uso de clareadores dentais por meio de auto-medicação com o uso de fitas adesivas. Por não ter sido orientado, as restaurações adjacentes tornaram-se visíveis. Com higienização deficiente, o paciente apresentava tártaro e placa bacteriana (Figuras 1, 2 e 3).
O paciente foi submetido a tratamento periodontal básico e profilaxia para a realização do procedimento restaurador (Figura 4). Antes do preparo um exame mostrou as características das restaurações anteriores e trincas presentes (Figura 5) o que determinou a estratégia de preparo com a extensão so mesmo até a distal do 11 e incisal do 12. Após o preparo o paciente foi submetido ao isolamento absoluto modificado que consiste no travamento do lençol entre caninos e pré molares (Figura 6).
Com a estabilidade do isolamento foi realizado o condicionamento ácido total da área com ácido fosfórico a 35% por 20 segundos e lavado pelo mesmo tempo de aplicação (Figura 7). Foi utilizado o fio retrator para facilitar a delimitação interproximal das áreas a serem restauradas e aplicação do adesivo total etch de passo único (3M ESPE Single Bond Universal) (Figura 8) e fotopolimerizado por 20s (Figura 9).
Para o início do procedimento restaurador com o objetivo de se obter o melhor paralelismo possível por tratar-se de uma técnica de hands free, foi utilizado o Medidor de proporcionalidade Chu (Hu-Friedy) utilizado tanto para checar a proporção na relação de altura e largura da coroa além de checar a largura entre os incisivos afim de que os elementos pudessem apresentar a mesma distância interproximal (Figura 10).
O compósito utilizado no caso foi Luna (Nanohíbrido, SDI, Austrália). Por sua tixotropia e facilidade de escultura, o compósito obedece os comandos da espátula mantendo-se estável com baixíssima adesão na espátula (Figuras 11 e 12).
Em todos os casos de restaurações anteriores o resultado imediato (Figura 13) deverá ser comparado e verificado uma semana depois para finalização do polimento e devidas correções. A importância deste retorno do paciente é muito grande pois em procedimentos clínicos longos em casos estéticos, a avaliação final técnica e aprovação do paciente são fundamentais para a liberação do paciente (Figuras 14, 15 e 16).

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AUTORES

Dr Marcelo Rodrigues Alves
Dra Camila Imperador R. Alves
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